TERAPIA DE ESQUEMA COM CASAIS[1]
O
foco principal de interesse da maioria das pessoas que procuram terapia é a
busca de um relacionamento conjugal satisfatório, que possa contribuir para a
qualidade de vida e bem estar pessoal.
Estudos
apontam que problemas na estruturação da personalidade estão por trás das
dificuldades conjugais. A Teoria de Young,
um dos estudiosos da Terapia de Esquema, propõe que algumas necessidades
emocionais do desenvolvimento infantil precisam ser satisfeitas já nas relações
primárias, para que o indivíduo tenha uma estruturação saudável e consiga
buscar, e manter, relacionamentos funcionais.
Entre
as necessidades emocionais do desenvolvimento infantil que precisam ser
satisfeitas, nas relações primárias, são; o vínculo seguro, a proteção,
cuidado, amor, empatia e atenção, senso de autonomia, competência e identidade
individualizada, liberdade de expressão, validade de necessidade e emoções,
espontaneidade, lazer e limites realistas (Young, Klosko, Weishaar.2003). As relações
primárias, quando não atendem essas necessidades, dão origem aos esquemas
iniciais desadaptativos. (EIDs).
Portanto,
a associação entre EIDs e problemas na vida conjugal, vem sendo estudada e confirmada
em pesquisas de âmbito internacional (Calvete, Estevéz, & Corral, 2007).
Com isso, a Terapia do Esquema vincula as dificuldades relacionais dos cônjuges
aos déficits iniciais, que conduziriam a necessidades emocionais não
satisfeitas e ao desenvolvimento de esquemas correspondentes, além de compreender
a repetição de padrões de interação disfuncionais a partir da ativação de
esquemas desadaptativos e modos esquemativos.
[1] Ana Maria da Silva Sacerdote. Analista Bioenergética. Formação em Terapia
Sistêmica com casais e Especialização em Terapia Cognitiva Comportamental com
casal, sexualidade e família.